Sugestão de abordagem - 6º ano - Destaque na Consulta - 1o bimestre de 2023

Reconhecimento e valorização da diversidade de textos escritos e tradições orais referentes a religiões como Hinduísmo, Budismo, Espiritismo, Judaísmo, Cristianismo, Islamismo, entre outras.


     Nosso procedimento tem sido desmembrar o enunciado das habilidades pelo método definido na primeira Formação deste ano. Desse modo, para esta habilidade em questão, temos:

1. Processo cognitivo expresso pelo(s) verbo(s) derivado(s) do(s) substantivo(s) definidor da ação: "Reconhecimento" > Reconhecer e "valorização" > valorizar.

2. Objeto de conhecimento (indicado pelo complemento nominal desses substantivos definidores da ação): "Reconhecimeto e valorização" do quê? Resposta: "diversidade de textos escritos e tradições orais";

3. Contexto (indicado pelo âmbito no qual o objeto de conhecimento está inserido). Neste caso: "religiões como "Hinduísmo, Budismo, Espiritismo, Judaísmo, Cristianismo, Islamismo, entre outras".

   Esse desmembramento visa facilitar a compreensão da habilidade e sua aplicação. "Reconhecer" e "valorizar", dentro da Taxonomia de Bloom (neste blog há postagens sobre ela), situam-se nos níveis:
Reconhecer > MEMORIZAR    e
Valorizar > AVALIAR

    Portanto, o professor se torna apto a definir que procedimentos, métodos e estratégias, em seu planejamento, deve implementar para o aluno, a fim de situá-lo nesses dois níveis.

    Quando ao Objeto de conhecimento, estará definido e delimitado no contexto de seu desempenho. Trata-se de "diversidade de textos escritos e tradições orais", situados no contexto das religiões indicadas, desse modo será planejado o modelo de abordagem.

    Lembrar que, no trato com as religiões, mesmo as que apresentam tradições escritas, há um período antecedente em que todas as tradições foram orais, antes que fossem registradas por escrito.

    Desse modo, equiparando-as, num primeiro momento, aprendemos a valorizar tanto tradições orais, quanto escritas, visto que há uma tendência equivocada de valorizar mais as tradições escritas.

    Por exemplo, em relação ao Hinduísmo que, entre as religiões, possui os textos escritos mais antigos, antes que fossem registrados, eram transmitidos, de geração a geração, oralmente. O mesmo ocorreu com as demais religiões mencionadas nesta habilidade e suas respectivas tradições escritas.

    As religiões mencionadas acima, na enunciação desta habilidade, todas apresentam tradições escritas. Mas a ampliação, indicada pela expressão "entre outras", permite ao professor abordar religiões de tradição oral.

   Portanto, se a habilidade preceitua "Reconhecimento e valorização", o ato de "Reconhecer", para o aluno, será identificar as características gerais que sejam definidoras, em seus traços principais, das tradições escritas entre as religiões acima mencionadas.

   E quanto a "Valorizar", é muito importante verificar ser este um dos principais objetivos da abordagem de tradições escritas (e orais) das religiões, porque essa equalização é fundamental, concedendo aos alunos referenciais no respeito para o trato com todas elas.

     Notar que, na categoria "entre outras", que permite incluir referenciais de religiões de tradição oral, lembrar as religiões de destaque em nossa região, como as indígenas, o santo daime e as de tradição afro, geralmente as menos abordadas, esquecidas ou alvo de maior preconceito.

    Evidentemente, não será possível examinar, completa e exaustivamente, todos os textos de todas as religiões mencionadas na habilidade e tantas outras tradições orais. O professor deve, então, abordar, em linhas gerais, como cada religião indica a história escrita de seus textos, assim como de suas tradições orais, no caso dessas religiões.

   Não é proibido discutir-se diferenças, ainda que marcantes, entre as religiões. Aliás, mencionar tais diferenças acentua e destaca o principal, que é a identidade de cada uma delas.

     Diálogo inter-religioso e ecumenismo não é mistura ou milk-shake religioso. Cada religião deve preservar sua identidade, as diferenças demarcam essa mesma identidade e as semelhanças, juntamente com as diferenças, reforçam o direito à diversidade, bem como de se reconhecer o fenômeno religioso como identitário, fator inicial e indispensável de valorização equânime.

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