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Mostrando postagens de maio, 2021

Competências do Ensino Religioso - Competência 1

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Vamos iniciar, com este texto, comentários breves das 6 (seis) Competências Específicas para o Ensino Religioso, porque nelas e para elas estão baseadas e organizadas as habilidades/conteúdos por ano, no Currículo de Referência Único. Competência 1 Conhecer os aspectos estruturantes das diferentes tradições/movimentos religiosos e filosofias de vida, a partir de pressupostos científicos, filosóficos, estéticos e éticos. Nesta primeira Competência, os temos utilizados para defini-la já pressupõem uma série de equívocos que são apontados, quando se compreende errado a abordagem e o lugar do Ensino Religioso como área do conhecimento. 1. "Conhecer aspectos estruturantes das diferentes tradições/movimentos religiosos e filosofias de vida". 1. Essa Competência foca TRADIÇÕES/MOVIMENTOS RELIGIOSOS. A palavra "tradição" reúne todas as religiões conhecidas, independentemente de sua antiguidade, abrangência geográfica e cultural ou quantidade de adeptos. E a palavra M

Taxonomia de Bloom - Atualização - 2

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 Em 2001 operou-se uma revisão da taxonomia de Bloom, quando Lorin Anderson e David Krathwohl incluíram duas atualizações: 1. A definição de duas dimensões no nível de apedizagem: a do PROCESSO e a do CONTEÚDO. Reconheceram e confirmaram que a pirâmide da taxonomia (abaixo) ilustra, sim, o processo dos níveis de aprendizagem, mas que também é preciso reconhecer a existência de tipos de conteúdos que devem ser considerados na determinação dos objetivos. As dimensões do conteúdo são: 1. Conteúdo factual: material de aprendizagem composto por dados, fatos, acontecimentos, ocorrências, experiências etc; 2. Conteúdo conceitual: material de aprendizagem composto por definições, conceitos, regras, princípios, explicações etc; 3. Conteúdo procedimental: material de aprendizagem composto por atividades, situações, ferramentas e recursos práticos; 4. Conteúdo atitudinal (metacognitivo): material de aprendizagem composto por informações que estimulem o raciocínio, a crítica, a descoberta, a s

William Glesser e a Pirâmide da Aprendizagem

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William Glasser (1925-2013) desenvolveu, em suas pesquisas, a chamada Teoria da Escolha, que teve alguns elementos aplicados à área da educação. Um desses resultados refere-se à Pirâmide da Educação. Esse estudo alterou um dos paradigmas do ensino, que é aquele em que o estudante, encarado como um agente passivo no processo de aprendizagem, pelo método do estilo expositivo, apenas recebendo conteúdos, passa a ser estimulado a ter participação ativa na construção de seu conhecimento. Embora haja questionamentos sobre a autoria da pirâmide e diferentes ênfases na aplicação da pesquisa, o posicionamento ativo do aluno, comprovadamente, melhora o seu rendimento. Verifica-se a seguinte gradação, quando o procedimento evolui de, somente, ouvir, para ler, escrever, compartilhar etc. 1. 10% de conteúdo se aprende lendo; 2. 20% de conteúdo quando se ouve; 3. 30% ao assistir a/observar algo; 4. 50% escuta + observação aliados; 5. 70% pergunta + conversa + debate; 6. 95% estruturação + ensino +

Antoni Zabala e o que se pode esperar da escola

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Antoni Zabala, espanhol da Catalunha, construtivista, define a importância do repertório prévio dos alunos para a construção de novos conhecimentos. Quando o nome "construtivismo" aparece, surgem os contra ou a favor, mas a escola é muito mais complexa do que se emperrar nessa discussão. Zabala, em sua estada no Brasil, a convite do Grupo de Escolas Critique, destacou a necessidade de transformação do sistema educacional. Ele comenta que a escola se reduziu, por toda a parte, a "um jogo de superar estágios", do primeiro para o segundo, terceiro, assim por diante. Para Zabala, a função da escola não é selecionar, mas é "orientar cada aluno a encontrar um lugar na sociedade". Na visão dele, responder aos desafios da vida, significa ter um conhecimento e saber usá-lo. Daí a necessidade de não focar somente em ou acumular conteúdos, mas no desenvolvimento de competências. "Aprendemos quando estabelecemos vínculos entre os novos conhecimentos e os conhe

Taxonomia de Benjamin Bloom

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       De modo a contribuir com os colegas, em relação ao planejamento de suas aulas, vamos abordar aqui, em linhas gerais, as teorias dos estudiosos acima indicados, para que estejamos bem conscientes dos objetivos a alcançar, em nosso ensino, e de que modo potencializar a capacidade de nossos alunos.  A taxonomia de Benjamin Bloom   Do grego, "taxis", ordenamento, e "nomia", norma, sistema, corresponde a um sistema de três eixos: cumulatividade, hierarquia e eixo comum. Em relação aos objetivos educacionais, Bloom os subdivide em três partes: 1. Cognitiva: 1.1. a lembrança de algo que foi aprendido; 1.2. resolução de alguma atividade mental; 1.3. atividade para a qual é necessário definir o problema fundamental, reorganizar material, combinar ideias, técnicas ou método anteriormente aprendidos; 2. Afetiva ou emocional: 2.1. enfatizam as emoções e os anseios; 2.2. a aceitação ou rejeição, expressas em 2.2.1. interesses, 2.2.2 atitudes e 2.2.3. valores; 3. Psicomoto