Sugestões de abordagem - 1o bimestre do 6o ano - Plano de Curso 2020

6o Ano 

Habilidade 

Reconhecimento, em textos escritos e tradições orais, dos ensinamentos relacionados a modos de ser e viver.

Objeto de conhecimento (Conteúdos) 

Modos de ser e viver nos textos escritos e tradições orais das variadas religiões.

     Uma vez entregue o Currículo de Referência Único de Ensino Religioso do Acre ao Conselho Estadual de Educação - CEE, uma das observações foi que os assessores da SEE formulassem, por escrito, os Objetos de conhecimento/Conteúdos. 

    Portanto, aparecerão juntos numa mesma coluna Conteúdos, explicitadas, à esquerda, as Habilidades e, à direita, os Objetos de conhecimento. 

    Qual a relação entre habilidades e objetos de conhecimento? O CEE entendeu que, ao invés de deixar ao professor que, lendo a habilidade, deduzisse, então, o Objeto de conhecimento ou Conteúdo, que este fosse formulado, como facilitação e auxílio ao seu trabalho.

    Portanto, o Objeto de conhecimento se refere ao conteúdo específico a ser abordado, enquanto que a habilidade define um contexto mais amplo e, ao mesmo tempo, melhor definido de abordagem. 

    Então, no caso deste 1o bimestre do 6o ano, o conteúdo está acima explicitado: "Modos de ser e viver nos textos escritos e tradições orais das variadas religiões".

    E, lendo a habilidade, a partir da qual ele foi descrito, entendemos a amplitude da abordagem. O aluno, orientado pelo professor, no enfoque dado aos textos sagrados e às tradições orais, deverá aprender a neles reconhecer os ensinamentos relacionados a modos de ser e viver.

Procedimentos 

1. Para definir a abrangência do conteúdo, o professor deverá recorrer a uma classificação geral das religiões e nas derivações que, a partir delas, surgem;

2. Por exemplo, os Vedas, escritos em sânscrito, são reconhecidos como uns dos mais antigos escritos de uma religião, o hinduísmo da antiga Índia. A partir dele surge o budismo, no séc VI a. C. Este é um exemplo de evolução de tradições escritas de uma religião;

3. Voltando para as tradições indígenas, outro exemplo, essas famílias e etnias não possuem uma tradição escrita. Sua religião, mitos, rituais, música e danças, enfim, são repassados por tradição oral. Assim como com as religiões de matriz africana;

4. A partir dessa definição, ou seja, do lugar da tradição escrita e da tradição oral nas diferentes religiões, o professor deverá selecionar exemplos de tradições orais e escritas para nelas enfocar o que o currículo denomina "modos de ser e viver";

5. Em primeiro lugar, instruir os alunos que, quanto a "modos de ser e viver", os princípios éticos são obrigatórios na conduta do dia a dia. Por exemplo, o respeito ao outro, independentemente das diferenças e diversidades não é um favor e nem é uma opção religiosa: é um dever legal, ou seja, respaldado pela lei vigente;

6. Já se tratando de costumes, é diferente. As religiões apresentam traços distintos. Um membro de uma dada religião pode ter um costume religioso diferente, um modo de se vestir diferente e uma doutrina diferente. Esses modos de ser e viver devem ser respeitados e não podem ser impostos a outrem;

7. Será sempre um princípio ético respeitar essses modos de ser e viver diferentes entre as religiões. Mas nenhuma religião poderá impor a outras ou a outros os seus modos de ser. Quando isso ocorre, é um sintoma de fundamentalismo. É necessário entender a diferença entre "fundamento" e "fundamentalismo.

8. Lecionei Língua Portuguesa num Colégio  que permitia às meninas de uma dada religião frequentar a escola com saias jeans. A farda eram calças jeans. Essa alteração se deu por um modo de ser e viver daquela dada religião, respeitado e aceito pela escola. Isso é um fundamento de uma religião que foi respeitado. Mas se aquelas meninas começassem a achar que todas as outras estavam erradas por vestir calças jeans, seria fundamentalismo. 

     Vamos continuar conversando. Cada professor, em sua pesquisa, prática e vivência, amplie os conceitos aqui expressos. Abração.