Sugestões de abordagem - 7⁰ ano

 Reconhecimento dos papéis atribuídos às lideranças de diferentes tradições religiosas.


    Para esta habilidade, o estudo do papel das lideranças religiosas é fundamental. Subdividida pelos critérios didáticos, temos:

1. Processo cognitivo: Reconhecer;
2. Objeto de conhecimento: os papéis atribuídos às lideranças;
3. Contexto: diferentes tradições religiosas.

   Neste mesmo blog (veja nos links abaixo), podem ser consultados a tabela (no Padlet) e textos sobre a Taxonomia de Bloom, a fim de ser avaliado o nível em que se situa "Reconhecer" no Processo cognitivo.

     Veja os links: 
                            
   A pergunta será: "O que será necessário para que o aluno reconheça o papel atribuído às lideranças de diferentes tradições religiosas"?

   Cada diferente religião apresenta lideranças que, na história interna de cada uma, reúne um grau de autoridade reconhecida, associada a um preparo definido, acadêmico ou não, e a experiências espirituias aceitas pela tradição específica de cada religião.

     Por exemplo, numa palestra, no Instituto Ecumênico Fé e Política, um líder indígena informou que, em sua tribo, faltava apenas uma cura para que fosse aceita a primeira mulher reconhecida pajé, nome genérico de seus líderes religiosos.

   Pois entre evangélicos, em seus diferentes grupos, há denominações que aceitam mulheres pastoras e outras que não aceitam. Na igreja católica, elas também não podem ser sacerdotisas no mesmo nível dos padres.

   Há líderes religiosos que se tornaram positivamente famosos, ao longo da história, por ações que se projetaram para além de suas próprias religiões, como Martin Luther King (1929-1968), pastor protestante nos EUA, que se destacou, nos anos de 1960, na luta contra o racismo.

    Mahatma Gandhi (1869-1948) projetou-se mundialmente, para além da religião do hinduísmo, nas décadas iniciais do século XX, liderando, na Índia, o movimento de independência em relação à Inglaterra.

   Independentemente de projeção mundial ou fama, qualquer líder religioso deve ser um modelo interno para a sua religião, ao mesmo tempo que um modelo ético, dentro e fora dela.

   Lamentável quando aparecem escândalos na mídia envolvendo lideranças religiosas, independente da religião. Nunca devemos depreciar uma tradição religiosa em função de escândalos praticados por seus líderes.

   Devemos compreender como fatos lamentáveis, mas isolados, de responsabilidade individual. As religiões têm, internamente, dispositivos de disciplina, afastando de seu cargo ou responsabilidade esse tipo de líder.

    O respeito devido aos líderes religiosos tem relação com o reconhecimento de sua função específica, no contexto de cada uma delas, assim como seu exemplo individual de modelo ético.

   Inconcebível o mal exemplo de líderes religiosos. Assim como o respeito devido está associado à compreensão que cada religião confere à autoridade deles, no contexto de cada uma delas. Todos, religiosos ou não, precisam estudar o modo como as religiões concebem sua liderança, para aprender a respeitar.

   Por exemplo, um padre e um pastor, no contexto do catolicismo ou protestantismo, ou um pai ou mãe de santo, no contexto das religiões de matriz africana, devem ter sua autoridade reconhecida, assim como trato igual de respeito.

   Este é o objetivo desta habilidade: o estudo aplicado e o modo como, em cada tradição religiosa,  compreende-se o valor de sua liderança, internamente entre os adeptos, sua imagem social e o comportamento ético dela requerido.

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