Sugestões de abordagem - 7⁰ ano

 Compreensão e análise dos diferentes modos de comunicação com o transcendente e seu reflexo nas relações humanas.


   Esta habilidade apresenta uma das questões mais sensíveis na abordagem do fenômeno religioso. E se constitui, para o professor, numa excelente oportunidade.

  Explico. Ela trata da abordagem de uma máxima e extrema carência no trato religioso, mas que também estabelece nexo independente do contexto religioso.

   Trata-se de uma habilidade que atende a quem professa alguma religião e a quem não professa nenhuma religião. Vejamos, relembrando, a definição de "transcendente":

   No sentido da religiosidade, "transcendente" significa "para além, para fora, acima do mundo físico". O prefixo "trans" significa "para além de", seguido de "ascendente", acima, elevado.

   Portanto, toda e qualquer religião destaca um "ser transcendente", ou seja, acima do adepto dessa religião, para fora do mundo físico ou da realidade. Pode ser Deus, para os cristãos ou Alah, para os muçulmanos.

   Podem ser os Orixás, para as religiões de matriz africana, ou os espíritos de luz, para os espíritas. Pois então, independentemente da religião, há contato e relação com o transcendente ou transcendental.

   Esta habilidade visa estudar os diferentes modelos e modos de comunicação com essas entidades ou seres transcendentes e seu reflexo nas relações humanas.

  A importância é a chance de focar na coerência, podemos até dizer, obrigatória entre o trato e a relação com o transcendente e o devido respeito, trato ético e humano no relacionamento interpessoal.

   Inconcebível qualquer religião ou adepto de qualquer uma delas manter relação transcendental, ou seja, reportar-se, relacionar-se e comunicar-se com um "ser transcendente", no caso específico de cada religião, porém ofender, menosprezar ou desrespeitar o outro, o semelhante, ou seja, qualquer outro ser humano, quem quer que seja.

    Daí a abordagem sensível e extremamente relevante desta habilidade, estabelecendo que, uma vez mantida relação com o transcendente, absolutamente imprescindível, coerente e obrigatória a relação humana, digna e respeitosa com o semelhante.

   Portanto, uma vez definidas as religiões a abordar, em função de seu modelo de comunicação com o transcendente, segundo cada uma o concebe, resta proceder ao Processo cognitivo: Compreender e Analisar.

  O quê? O Objeto de conhecimento da habilidade: diferentes modos de comunicação com o transcendente. Em que Contexto? Em seu reflexo nas relações humanas.

    Excelente oportunidade de promover, a partir dos valores relacionais, não somente a convivência harmônica entre os próprios adeptos das diferentes religiões (e não religiosos), algo tão sensível e urgente, como reafirmar os valores e princípios ético-religiosos de ampla convivência, no contexto social, avaliados seus coerentes e comprovados (ou não) efeitos.

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