Levantamento de hipóteses? O que é isso?

 Levantamento de hipóteses: leitura e interpretação de diversos textos sobre a temática.

   No início da relação de habilidades do 7⁰ ano, no Currículo de Referência Único, para o Ensino Religioso, aparece a anotação acima.

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   Evidentemente, não se constitui numa habilidade específica do Currículo, a ser abordada em sala de aula, mas trata-se de um procedimento metodológico.

   O professor de Ensino Religioso, em seu preparo, continuamente vai aplicar esses expedientes. Se reescrevermos esse procedimento utilizando os verbos correspondentes, temos:

   "Levantar hipóteses: ler e interpretar diversos textos sobre a temática".

  E se aplicarmos a subdivisão clássica, de abordagem, como feito para as habilidades do Currículo, temos: 1. Processo cognitivo: Levantar hipóteses, ler e interpretar; 2. Objeto de conhecimento: 2. diversos textos; 3. Contexto: temática (do Ensino Religioso, evidentemente).

   Esta metodologia se aplica ao professor. Sempre estará diante de textos teóricos, a respeito da temática de Ensino Religioso proposta e, em sua tarefa de planejamento, vai enumerar hipóteses e estratégias, a fim de aperfeiçoar sua abordagem em sala de aula.

    A leitura correta das habilidades é fundamental. Em Formações anteriores, quando abordamos a Taxonomia de Bloom (com material neste Blog e no Padlet), destacamos a importância de se definir, por ela, o estágio de desenvolvimento do aluno.

   Uma vez compreendida e definida essa etapa, que corresponde ao Processo cognitivo, então deve-se planejar a melhor maneira de se abordar o objeto de conhecimento referido na habilidade, avaliando a melhor estratégia, valendo-se, por exemplo, de metodologias ativas, assim como adequando-se ao contexto de vida do aluno.

   Sempre lembrando que Ensino Religioso não é "ensino (ou aula) de religião", espaço de proselitismo ou quebra-galho de sobra de carga horária. É muito importante que o professor, embora sobrecarregado com outra disciplina, também valorize esta oportunidade.

   Há um conjunto de aspectos positivos que o Ensino Religioso oferece. Além de seu específico, que é estudar o fenômeno religioso, visando uma convivência respeitosa e inteligente, mesmo para quem não tem religião, a discilina oferece outros desafios:

1. oportunidade de se trabalhar a convivência e a cidadania, conduzindo à reflexão do prejuízo da discriminação e de todo o tipo de preconceito, visando uma cultura de paz;

2. abordagem inteligente de aspectos socioemocinais, promovendo o equilíbrio emocional, contribuindo para formar maturidade nessa área da vida, individual e relacionalmente;

3. vínculo interdisciplinar, com história, geografia, filosofia e língua portuguesa, para treino de leitura, e ainda matemática, caso sejam examinadas as variadas estatísticas associadas às religiões.

   Esta metodologia, como acima discriminada, sugere, ao professor de Ensino Religioso, um modelo de procedimento, do qual, rotineiramente, fará uso.

   Em relação ao Contexto "temática" (veja acima) verifique, na coluna à esquerda, a menção da Competência. Vale lembrar que, com relação à disciplina de Ensino Religioso, são 6 (seis), diretamente escolhidas a partir da BNCC - Base Nacional Comum Curricular.

    Pode-se tomar esta primeira Competência, mencionada nesse início do Quadro Organizador Curricular do 7⁰ ano, como exemplo:

  "Conhecer os aspectos estruturantes das diferentes tradições/movimentos religiosos e filosofias de vida, a partir de pressupostos científicos, filosóficos, estéticos e éticos."

   A partir da leitura desta Competência, pode-se nela aplicar a metodologia acima descrita. E assim por diante, com relação às demais Competências.

    Sempre lembrando que elas representam o grau de conhecimento a que devemos conduzir os alunos. E, para isso, velemo-nos da alicação das habilidades subscritas a cada uma das Competências, como definido no Quadro Organizador Curricular.

   Para aplicar, à Competência acima mencionada, a metodologia que aqui abordamos, podemos subdividi-la, do mesmo modo:

1. Processo cognitivo: Conhecer; 2. Objeto de conhecimento: aspectos estruturantes das diferentes tradições/movimentos religiosos e filosofias de vida;  3. Contexto: a partir de pressupostos científicos, filosóficos, estéticos e éticos.

   Portanto, deste modo subdivida, a ela pode-se aplicar a metodologia aqui indicada: "Levantar hipóteses: ler e interpretar diversos textos sobre a temática".

  Esses desdobramentos, como acima discriminados, por etapa, compõem a rotina de abordagem do professor, diante do desafio, sempre muito compensador, para ele e para o aluno, no trato com a disciplina do Ensino Religioso.