Sugestões de abordagem - 1o bimestre do 9o ano - Plano de Curso 2020

9o Ano
Habilidade 
Elaboração de perguntas, seleção, organização e registro de dados para a investigação da história das religiões.

Objeto de conhecimento (Conteúdo)
História das religiões: organização e registro de dados para a sua investigação

      Há várias classificações possíveis para os tipos de religiões. Podem ser por sua antiguidade, pela região onde se situam, por sua influência ao longo da história, enfim, por sua ênfase cultural oriental ou ocidental. 
      Ainda podem ser classificadas a partir de sua derivação de outras religiões, bem como se, em sua estrutura e conceção, são dualistas, politeístas ou monoteístas. 
      Deve haver cuidado com certas terminologias que podem representar preconceito ou discriminação com relação a religiões ou grupos religisosos, como "seitas", "religião primitiva" etc.
    Por exemplo, o siquismo ou sikhismo foi considerado, em sua fundação, uma seita do hinduísmo, porque reunia elementos do islamismo, hinduísmo e sufismo, tendo rejeitado o hinduísmo politeísta e se tornado monoteísta. 
    Alcançaram um status de religião, mas seus seguidores sofreram perseguição e tiveram que migrar do Paquistão para a Índia. Do mesmo modo, grupos que antes eram classificados como "seitas cristãs", como Testemunhas de Jeová ou Adventistas do Sétimo Dia não mais devem ser assim nomeados. 
     As religiões devem ser estudadas a partir de sua origem no tempo, região, principal líder, seguidores, nomes que as distinguem, doutrinas, rituais, mitos fundantes (caso haja), tradição escrita e/ou oral, calendário, celebrações e festas, alimentos sagrados, roupas, bebidas etc.
     Por exemplo, embora o cristianismo tenha surgido no Oriente, por causa de sua expansão, ao longo de sua história, tornou-se marcante sua feição ocidental. Mas há grupos cristãos orientais como a Igreja Siríaca Maronita e a Igreja Ortodoxa Oriental. 
      Assim como, nessas subdivisões, ao longo da história, anote-se o surgimento de igrejas nacionais, como a Luterana, na Alemanha, e a Anglicana, na Inglaterra, em 1534, logo após o movimento de Reforma Protestante, iniciado em 1517. Esta atribuiu sua identidade à conversão de celtas, povos antigos que habitavam a europa ainda antes do surgimento do Império Romano.
      Religiões da África precisam ser estudadas em bibliografia bem selecionada, para que possam ser detalhadas e reconhecidas com maior precisão. O Candomblé foi trazido desse continente para o Brasil, por ocasião do transporte de escravos. Já  a Umbanda é brasileira, resultado de um sincretismo entre catolicismo, candomblé e espiritismo. 
     E com relação às religiões indígenas, um cuidado ainda maior deve ser empreendido. Porque não há somente uma religião, porém pontos de aproximação entre várias, de cada etnia ou povo. É importante conhecer, no Brasil, suas famílias, troncos linguísticos e regiões de ocupação. 
    Abaixo publicamos o link do ISA - Instituto Socioambiental, que apresenta uma primeira abordagem sobre cada povo indígena, incluídos dados de sua origem, região, cultura e religião.
     Estudar História das Religiões, como o próprio designativo indica, requer interdisciplinaridade com História. A evolução dos povos primitivos, a religião da pré-história, a mitologia grega, nórdica e celta, por exemplo, assim como as religiões do antigo Egito e da Mesopotâmica devem ser consideradas. 
     Atenção para elementos de religiosidade antigos, até mesmo praticados pelos povos latino-americanos, entre eles maias, incas e astecas, que revelam traços primitivos de religiosidade e cultura que, sem medo de errarmos, devem ser considerados contra a vida e contra a ética humana. 
     Podem ser compreendidas por estudos antropológicos, que vão indicar razões, no tempo e no espaço, em função do grau de evolução de uma dada cultura, de apresentarem aspectos que devem ser rejeitados. 
     O professor não deve expor essas características negativas às crianças, em sala de aula, mas estar preparado para responder, caso seja abordado. Essas questões éticas devem ser abordadas com muito cuidado. Daí a insistência em frisar a necessidade de amplo preparo, por parte do professor de Ensino Religioso.

Link do Instituto Socioambiental:

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