Sugestões de abordagem - 9⁰ ano

 Compreensão das diferenças entre religiosidade e fanatismo.

   Trata-se de duas qualificados opostas entre si, porém presentes, muitas vezes em igual intensidade, no contexto social.

  Religiosidade é o contrário de fanatismo. E sete não se aplica somente à religião. Há torcedores fanáticos, há partidarismo político fanático e há fanatismo religioso.

  Intendente que, de início, fanático provém de fanus, templo, e significava, na Roma antiga, pertencente ao templo ou inspirado pelos deuses.

   Mas ocorreu o que se denomina uma expansão semântica, ou seja, o significado se expandiu, de modo depreciativo, para "quem segue cegamente uma doutrina ou partido".

   Também definido por quem manifesta um "zelo (cuidado) acrítico ou entusiasmo obsessivo". Por isso pode-se dizer que o fanatismo, seja ele religioso ou político, distorce a verdadeiro intenção, seja ela da parte da religião ou da política, afetando sua finalidade positiva no contexto social.

   Essa habilidade é bem genérica, em sua proposta, referindo-se a toda uma educação de hábitos. Por exemplo, como nas torcidas de futebol, há uma tendência de supervalorização religiosa, evidentemente por outros parâmetros, mas que conduz a essa defesa cega.

   No caso das religiões, das doutrinas, costumes, tradições, estranhezas dos rituais, enfim, pode-se ver a sua própria como a melhor, única ou mais importante, como no futebol, parecendo não existir, nem outros times ou nem outras religiões.

   Portanto, há um conjunto de atitudes que, ao longo dos anos, é formado, de modo a conferir equilíbrio a quem professa qualquer religião, ou nutre preferência, não só por times de futebol, mas também ideologias políticas, enfim, tudo o que pode contribuir para o exagero de qualquer preferência pessoal.

   É natural valorizar a própria religião. Mas também compreender que o outro, em mesma medida, valoriza a sua própria. E quem não tem nenhuma, certamente verá a todas como de menor importância. Pois até este deverá aprender a respeitar a todas e a todos os que professam alguma delas.

   Mais doloroso é quem é ou já foi alvo de preconceito por causa da religião que professa. Pois quem discrimina, ainda que não se reconheça um fanático, está promovendo a mesma dor no outro.

   Por isso que, no trato com o outro, sempre se exige permanente cuidado, assim como muita inteligência e percepção no trato. E para autoavaliar-se como alguém não fanático, é indispensável a convivência com o diferente.

  Informar-se sobre diversidade religiosa, ouvir e conviver com o diverso, com o diferente, assim como cuidar consigo mesmo, no modo como se fala, pensa e se conhece ou outro, será primordial para reconhecer, em si mesmo, traços de fanatismo, para então saber advertir quem assim se comporta.

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