Sugestões de abordagem - 8⁰ ano

Análise de práticas, projetos e políticas públicas que contribuem para a promoção da liberdade de pensamento, crenças e convicções.

   Esta habilidade fica subdividida como segue:
1. Processo congnitivo: Analisar;
2. Objeto de conhecimento: práticas, projetos e políticas públicas;
3. Contexto: que contribuam para a promoção da liberdade de pensamento, crenças e convicções.

   Na tabela dos níveis da Taxonomia de Bloom, "Analisar" situa-se no quarto nível. Isso representa, para o aluno, aprimoramento especial e continuado.

    Porque, ainda que supostamente habilitado nesse estágio, o aluno deve reunir, em conjunto, outras ações que complementam o ato de analisar.

   Será necessário conhecer os termos legais que conferem suporte à "promoção da liberdade de pensamento, crenças e convicções". Estão, explicitamente, indicados tanto na Declaração Universal dos Direitos Humanos, em seu Artigo 18⁰, como na própria Constituição Brasileira, no Artigo 5⁰, inciso VI.

   Na abordagem desta habilidade, é crucial situar a análise proposta, já antecipando os textos dessas leis. Veja nos links abaixo:

1. Constituição da República Federativa do Brasil:

2. Declaração Universal dos Direitos Humanos:

   Agora, conhecendo o respaldo legal, definir, então, que práticas, projetos e políticas públicas se enquadram e contribuem para o que se requer, ou seja, promover liberdade de pensamento, crenças e convicções.

   Políticas públicas são "ações desenvolvidas pelo governo para garantir direitos à população em diversas áreas, como saúde, educação e lazer, com o objetivo de promover qualidade de vida e bem-estar aos brasileiros".

    O professor poderá apresentar uma série de fatos, como listados a seguir, demonstando o estágio amadurecido em que se encontram, no Acre, práticas e políticas públicas relacionadas ao Ensino Religioso. 

    Assim como poderá planejar, com os alunos, projetos interdisciplinares, como sugerido numa Formação específica para professores, em 2022, na escola Glória Perez. 

    No Acre, a política pública mais recente, com relação ao Ensino Religioso, é um convênio a ser assinado entre Ministério Público e Instituto Ecumênico Fé e Poltica - IEFP, com vistas à atualização, por uma nova edição, da Cartilha Ecumênica. 

   Essa nova fase do Ensino Religioso, no Acre, foi iniciada com Formações de Professores, em 2014. Vamos comemorar aniversário de 10 anos em 2024. Nesse período, cerca de 12 municípios foram alcançados (veja relatório no link abaixo).

Relatório das Formações de 2014:

   Desde 2002, com o Fórum para o Ensino Religioso, preparou-se um currículo para, na época, 1ª à 4ª séries e 5ª à 8ª. Com as Formações para a implantação da Base Nacional Comum Curricular, a partir de 2017, e o lançamento do Currículo de Referência Único do Acre, em 2019, o antigo currículo foi atualizado.

   O IEFP, segundo precrito em lei, é a instituição civil de apoio ao Ensino Religioso no estado do Acre, segundo o Art. 33 - parágrafo 2⁰, da Constituição: "os sistemas de ensino ouvirão entidade civil, constituída pelas diferentes denominações religiosas, para a definição dos conteúdos de ensino religioso". 

    Além desta sua função, outras iniciativas do IEFP, ao longo de sua história, referenciam-no como agente de políticas públicas e promotor da liberdade de pensamento, crenças e convicções. 

    Por exemplo, em Rio Branco, no Calafate, juntamente com a escola Ilson Alves Ribeiro, em 13 de julho de 2013, representantes de diversas tradições religiosas, com a presença da comunidade (veja link abaixo), da Associação de Moradores, do centro de Defesa dos Direitos Humanos, entre outros, realizaram uma passeata pela paz. No centro da cidade de Rio Branco, em várias outras oportunidades, ocorreram essas mesmas práticas pelo respeito e tolerância religiosa, também por iniciativa do IEFP. 

Caminhada unidos Pela Paz:
Acesso em: 30 dez 2023.

   As lideranças das variadas religiões visitam-se e se conhecem, entre si, estreitando os laços de convívio respeitoso. Mensalmente, há encontros patrocinados pelo IEFP, nos quais cada tradição religiosa é ouvida, falando de sua história, tradições e doutrinas, com oportunidade de perguntas a essas lideranças, com discussão e debates sobre a cultura de paz e tolerãncia religiosa.

   Cerimônias de Formatura, ecumênicas, têm reunido budistas, católicos espíritas e evangélicos numa só celebração. Houve apoio do IEFP contra manifestações de intolerância religiosa, em Rio Branco e no interior do estado, como nos municípios de Bujari, Senador Guiomard e em visita à cidade de Xapuri.

   Em 2011, foi lançada a Cartilha Ecumênica (veja link abaixo), como marco do diálogo inter-religioso e ecumênico, iniciado pelo IEFP em 2005, assim como para apoio didático e de pesquisa ao professor dessa disciplina.

Cartilha Ecumênica:

    O mais importante, na implementação desta habilidade, é o preparo do aluno, em sala de aula, tenha ou não uma religião. Assim como o preparo do professor, para que todo o potencial do Currículo de Referência Único seja transposto para a vivência escolar.

    Desse modo, será possível um equilíbrio nas relações sociais, no combate ao preconceito religioso e demais modalidades de discriminação. E  será formada ampla consciência social e pronta iniciativa, na defesa contínua da liberdade de pensamento, crença e convicções.

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