Competências do Ensino Religioso - Competência 2
Compreender, valorizar e respeitar as manifestações religiosas e filosofias de vida, suas experiências e saberes, em diferentes tempos, espaços e territórios.
Prosseguindo em nossa análise sobre a abrangência das competências do Ensino Religioso, abordaremos a Competência 2.
1. Começando pelos verbos, eles definem o que se espera para o aluno nessa etapa, uma vez atendidas as habilidades em sua formação. Compreender, valorizar e respeitar as manifestações religiosas.
Sempre relevante destacar que o Ensino Religioso, embora o próprio nome da disciplina possa ser mal compreendido, não pretende "ensinar religião". Mas exatamente conduzir o aluno a compreender a amplitude do fenômeno religioso.
Daí o encadeamento desses três verbos, em sua aproximação acadêmica, e não doutrinal, conduzindo o aluno à compreensão, valorização e respeito. E isso com relação a todas e a quaisquer manifestações religiosas, sem prevalência ou tentativa de supervalorização de nenhuma delas.
2. Manifestações religiosas e filosofias de vida: quando se focam tanto as religiões, como aqui expresso, quanto filosofias, ou seja, modelos de vida não ligados à nenhuma religião como alvo de compreensão, valorização e respeito, é porque esses dois aspectos formadores da sociedade são alvos do inverso do que aqui se espera.
Religiões e filosofias de vida têm sido alvo de incompreensões, desvalorização e desrespeito. E tais procedimentos se constituem em afronta ao ser humano, infelizmente configurada sob várias formas.
Há lideranças religiosas e religiosos que desrespeitam filosofias de vida, como o inverso, filosofias de vida que afrontam religiões. E tais conflitos coexistem no contexto social. Por isso a discussão deles é tão relevante para a formação acadêmica e cidadã dos alunos.
3. Experiências e saberes, em diferentes espaços e territórios: no Brasil, é notório e já plenamente comprovado que, historicamente, na formação do país, valores, ou seja, experiências e saberes da cultura indígena, assim como da tradição negra africana foram menosprezados, e não somente isso, mas foram alvo de discriminação.
E quando se definem "tempos, espaços e territórios", é porque a evolução desses problemas no tempo, o seu espaçamento pelo país e a influência em determinados territórios implica conhecer o seu mecanismo de influência e complexidade, inclusive o envolvimento político, de modo a ampla compreensão e postura diante dessa realidade.
E nesse processo não somente o racismo foi praticado, mas também a perseguição religiosa articulada, de postura falsamente cristã, menosprezando o índio e o negro. Uma sociedade assim modelada traz, consigo, marcas e práticas que ainda carecem de percepção, enfrentamento racional e solução.
Ainda há, hoje em dia, discriminação religiosa disfarçada, com racismo imbutido, empenho por hegemonia, da parte de religiões que, a si mesmas, se classificam como superiores, e promiscuidade, entre Estado e religião, quando isso interessa a qualquer facção política.
Esse sintomas coexistindo são, por si, mais do que indicadores da necessidade de bem preparar e orientar os alunos no contexto tão complexo de nossa sociedade. Porque uma das maiores carências no país é, exatamente, o preparo consciente para se discernir os fatores que envolvem esses jogos de interesse e os conflitos deles decorrentes.
Prosseguindo em nossa análise sobre a abrangência das competências do Ensino Religioso, abordaremos a Competência 2.
1. Começando pelos verbos, eles definem o que se espera para o aluno nessa etapa, uma vez atendidas as habilidades em sua formação. Compreender, valorizar e respeitar as manifestações religiosas.
Sempre relevante destacar que o Ensino Religioso, embora o próprio nome da disciplina possa ser mal compreendido, não pretende "ensinar religião". Mas exatamente conduzir o aluno a compreender a amplitude do fenômeno religioso.
Daí o encadeamento desses três verbos, em sua aproximação acadêmica, e não doutrinal, conduzindo o aluno à compreensão, valorização e respeito. E isso com relação a todas e a quaisquer manifestações religiosas, sem prevalência ou tentativa de supervalorização de nenhuma delas.
2. Manifestações religiosas e filosofias de vida: quando se focam tanto as religiões, como aqui expresso, quanto filosofias, ou seja, modelos de vida não ligados à nenhuma religião como alvo de compreensão, valorização e respeito, é porque esses dois aspectos formadores da sociedade são alvos do inverso do que aqui se espera.
Religiões e filosofias de vida têm sido alvo de incompreensões, desvalorização e desrespeito. E tais procedimentos se constituem em afronta ao ser humano, infelizmente configurada sob várias formas.
Há lideranças religiosas e religiosos que desrespeitam filosofias de vida, como o inverso, filosofias de vida que afrontam religiões. E tais conflitos coexistem no contexto social. Por isso a discussão deles é tão relevante para a formação acadêmica e cidadã dos alunos.
3. Experiências e saberes, em diferentes espaços e territórios: no Brasil, é notório e já plenamente comprovado que, historicamente, na formação do país, valores, ou seja, experiências e saberes da cultura indígena, assim como da tradição negra africana foram menosprezados, e não somente isso, mas foram alvo de discriminação.
E quando se definem "tempos, espaços e territórios", é porque a evolução desses problemas no tempo, o seu espaçamento pelo país e a influência em determinados territórios implica conhecer o seu mecanismo de influência e complexidade, inclusive o envolvimento político, de modo a ampla compreensão e postura diante dessa realidade.
E nesse processo não somente o racismo foi praticado, mas também a perseguição religiosa articulada, de postura falsamente cristã, menosprezando o índio e o negro. Uma sociedade assim modelada traz, consigo, marcas e práticas que ainda carecem de percepção, enfrentamento racional e solução.
Ainda há, hoje em dia, discriminação religiosa disfarçada, com racismo imbutido, empenho por hegemonia, da parte de religiões que, a si mesmas, se classificam como superiores, e promiscuidade, entre Estado e religião, quando isso interessa a qualquer facção política.
Esse sintomas coexistindo são, por si, mais do que indicadores da necessidade de bem preparar e orientar os alunos no contexto tão complexo de nossa sociedade. Porque uma das maiores carências no país é, exatamente, o preparo consciente para se discernir os fatores que envolvem esses jogos de interesse e os conflitos deles decorrentes.
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