Sugestões de abordagem - 7o ano - 3o bimestre

 Habilidade 

Identificação e valorização, nas variadas formas de arte, das representações do transcendente como manifestação da espiritualidade.

Conteúdo 
Representação do transcendente nas variadas formas de arte e sua valorização.

Sugestões de abordagem - 7o ano - 3o bimestre 

       Desde tempos imemoriais, ainda na pré-história, representações do transcendente eram desenhadas nas paredes de cavernas ou esculpidas como estatuetas.
      Cerimoniais de caça e fertilidade eram associados à ação de forças desconhecidas, muitas vezes representadas por fenômenos da natuteza. Religião e arte, então, começaram a se associar, muitas vezes, imperceptivelmente.
     Daí que muitos achados posteriores ascenderam ao status de arte, porque foram reconhecidos como feitura de artistas que, de modo inconsciente, mas com demonstração de toda a sua genialidade, produziam obras de arte dedicadas aos templos, aos cultos e aos deuses.
     Portanto, é possível identificar uma linha mestra de história da arte associada à religião e uma quantidade imensa de representações do transcendente por meio dessas mesmas obras de arte, ao longo da história.
      Por que, então, tais representações dos deuses, que sejam desde a pré-história, na antiguidade, entre gregos e romanos, atravessando a Idade Média, passando pelo Renascimento, pelo Iluminismo e chegando à Modernidade apresentam elementos de espiritualidade em sua idealização?
      Essas obras de arte constituem-se num histórico da representação do transcendente. Portanto, a história dessas obras de arte, no contexto e época em que foram criadas, espelham e transparecem a concepção de época das divindades que representam. 
     É necessário, em linhas gerais, marcar esses períodos como acima já foram delineados, para compreender como, em cada período, as características de cada época na feição e concepção das obras de arte, definiram tais representações das divindades. 
     Podemos enumerar: 1. Pré-história; 2. Antiguidade (antigo Egito, Mesopotâmia - impérios do oriente -, assim como a cultura israelita e a de seus vizinhos); surgimento da cultura grega, o modo como absorvem elementos dos povos do oriente, como espalham pelo mundo, por meio de Alexandre, a partir de 300 a. C, sua cultura e religiões de mistério; as conquistas romanas, sua manutenção da cultura grega e o ocaso de seu império, em 450 d. C.
     O colapso do império romano deu lugar à expansão do cristianismo por todas as partes e estrutura antiga do império romano. A partir desse tempo e por toda a Idade Média, a denominada arte sacra expandiu-se assombrosamente, delineando-se na arquitetura de catedrais, na pintura de afrescos dentro delas, quadros, esculturas, música, como o canto gregoriano, enfim, até o surgimento da renascença e as chamadas escolas de arte, a partir do séc. XVI.
     Neste caso, será interessante e necessária a interdisciplinaridade com Arte e História, o que demonstra a profunda relação entre Ensino Religioso e essas disciplinas. O fenômeno religioso permeia toda a história da humanidade. 
     Se na pré-história se misturam caça, fertilidade, religião e arte, no Egito Artigo, Faraó é rei e deus, na grécia deuses e homens se misturam, na idade Média a Igreja Católica tenta assumir todo o poder político,  enquanto que, com o século das luzes, finalmente se pensa em separar poder temporal, político, do poder religioso, o poder da Igreja. 

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