Sugestões de abordagem - 6o ano - 3o bimestre

 Habilidade 

Identificação dos mitos, ritos e símbolos e reconhecimento de sua importância na estruturação das diferentes crenças,  tradições e movimentos religiosos.

Conteúdo 
Ritos, mitos e símbolos e sua importância na estruturação de diferentes crenças,  tradições e movimentos religiosos.

Sugestão de abordagem - 6o ano - 3o bimestre 

     Um dos objetivos do Ensino Religioso, que toma como ferramenta acadêmica as Ciências das Religiões, é tornar conhecidas as mais variadas tradições religiosas para que, por meio desse conhecimento, sejam compreendidas, aceitas em sua diversidade e haja mútuo respeito em sua convivência.

     Um dos elementos que permite conhecer as religiões, em toda a sua complexidade e estranhezas, é o estudo de seus ritos e rituais e da simbologia que intrinsecamente representam.

     Para entendê-los, podemos começar compreendendo que rito e ritual apresentam uma sutil diferença, e que ambos trabalham por meio de símbolos. Por exemplo, vamos nomear aqui, para efeito de compreensão, o ritual do batismo.

     Batismo, no sentido geral e amplo, é um rito de iniciação. Sua simbologia, exercida de modo concreto e representativo, pelo uso da água, indica uma purificação de que o participante foi alvo, no contexto da religião em questão.

     E quanto ao ritual, varia de religião para religião. Por exemplo, católicos batizam recém-nascidos. Protestantes de tradição metodista e presbiteriana também batizam. Quer dizer, o ritual será semelhante, mas o sentido geral e significado do rito serão diferentes entre católicos e protestantes.

     Podemos afirmar que o batismo é um rito de iniciação, que simboliza purificação. Que o ritual consiste em palavras dirigidas pelo oficiante a padrinhos e madrinhas do bebê, no caso dos católicos, e aos pai e mãe do bebê, no caso dos protestantes, para logo derramar-se água na cabecinha do bebê. 

     A água é o meio concreto, real e simbólico (significante) que aponta para uma realidade subjetiva e simbólica, que é  a purificação e iniciação (significado). No caso de adultos, católicos e alguns protestantes batizam com a mesma água, que pode ser derramada sobre a cabeça (aspersão), ou o iniciado ter o seu corpo inteiro nela mergulhado (imersão), como fazem outros grupos de protestantes.

      No caso de adultos, o oficiante dirigirá palavras ao batizando, para conferir sua confissão de fé e o seu credo, antes de prosseguir com o ritual de aspersão (com) ou mergulho (na) água. 

     Desse modo, compreendendo: 1. Rito - significado e conjunto mais amplo numa religião, que marca uma iniciação, uma etapa, uma passagem de estado a outro como purificação, iniciação, casamento, funeral; 2. Ritual - desdobramento e sequência do que vemos acontecendo, representando o rito. Por exemplo, o que você vê fotografado, é o ritual. A sequência do que ocorre no batismo, no casamento, no ritual indígena de passagem para a vida adulta ou num funeral, mediado por sacerdotes, oficiantes, pajés etc são rituais.

      3. Símbolo é o conjunto do que, no seu todo, o ritual representa, em relação ao rito, assim como o que, objetivamente, é usado como principal mediador ou símbolo imediato naquele determinado rirual, por exemplo, no caso do batismo (ritual) que representa a purificação ou iniciação (rito), a água (símbolo) que simboliza a pureza, a purificação, pela lavagem com, por ou pela água.

      A menção do mito, na habilidade acima, implica saber que são narrativas, escritas ou orais, a respeito dos primórdios de uma dada religião. Não são propriamente mentiras, assim como não são, necessariamente, fatos reais. Mas carregam significados fundamentais para as certezas e identidade dessas religiões, contribuindo para os valores, doutrinas e verdades que as caracterizam.

     Essas categorias acima descritas podem ser desmembradas, para que sejam aplicadas às variadas religiões, de modo a que se compreendam seus mitos, ritos e rituais, assim como a simbologia delas. Lembrar que, na dúvida, a compreensão de um ritual será sempre bem explicada pelos membros e líderes da própria religião.

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