Sugestão de abordagem - 7o ano - 4o bimestre

 Habilidades

Identificação e análise do papel das lideranças religiosas e seculares na defesa e promoção dos direitos humanos.

Conteúdos
Lideranças religiosas e seculares: papel de  ambas na defesa e promoção dos direitos humanos.

Sugestões de abordagem - 7o ano - 4o bimestre

      O Brasil é um país extremamente carente de lideranças que deem bom exemplo. Infelizmente altas autoridades, muitas vezes independente do posto que ocupam, são denunciadas e flagradas em atitudes francamente desfavoráveis.
     E ocorrem esses mesmos problemas com autoridades religiosas, do mesmo modo, independente da religião em questão. A primeira distinção fundamental é reconhecer que o problema dos erros está no ser humano e não, propriamente, nas religiões.
     Portanto, é necessário observar a quantidade de bons exemplos que são possíveis encontrar, de homens e mulheres públicas e de líderes religiosos. Lembrando, também, que podem ser destacados, do mesmo modo, líderes desprovidos de confissão religiosa que, do mesmo modo, apresentam elevado padrão ético. 
      Ao longo da história, é possível destacar lideres do passado, que foram e exemplos de destaque e até já faleceram, como Martin Luther King (1929-1968), que se projetou na luta contra o racismo, a partir dos EUA, expandindo sua influência por todo o mundo. Era um pastor protestante.
      Do mesmo modo, Mahatma Gandhi (1869-1948), que liderou um movimento contra a violência, para a libertação política da Índia, na época colônia do império britânico. Pertencia à religião hindu de seu país de origem.
     Hannah Arendt (1906-1975), como judia que teve de fugir ao nazisno, emigrou para os EUA e defendia a pluralidade política e a inclusão do outro, como plena defesa dos Direitos Humanos. 
     Também podem ser encontrados líderes atuais. Há problemas recorrentes que, no dia a dia da imprensa, com tristeza estão presentes e insistem em prevalecer: a violência contra a mulher, o racismo, o descaso com refugiados, a opressão de crianças, as mais variadas formas de preconceitos. 
      Com o final da Segunda Guerra Mundial, que assombrou o mundo, quando de achava que a Primeira Guerra seria, por seu total absurdo, a última, a Organização das Nações Unidas - ONU, criada em 1945, promulgou, em 1948, o texto da Declaração Universal dos Direitos Humanos, um marco magistral para toda a humanidade, mas que necessita de constante e permanente defesa.
      Deveria ser natural que lideranças religiosas e não religiosas, líderes seculares, quer dizer, políticos, religiosos ou não, permanentemente fossem fonte e padrão de conduta. Para que, de modo consciente ou mesmo deliberado tenham a defesa permanente dos direitos humanos sempre presente em pauta.
       Sempre lembrando que Direitos Humanos estão acima das religiões. Porque na história e ainda na atualidade ocorrem exemplos negativos de violação desses direitos, por parte de membros de variadas religiões, muitas vezes impropriamente autodenominando-se religiosos, em função da incoerência de seus atos. 
     É urgente conhecer, detalhadamente, a Declaração Universal dos Direitos Humanos e líderes que os defendem de modo direto, assim como os que, por seu natural comportamento, tornam-se exemplos factuais.  E lembrar que líderes não religiosos podem e devem, de modo franco, defender direitos humanos, sem professar nenhuma religião, como o faz Leandro Karnal.
      Num país tão carente de bons exemplos, como já dissemos, não somente os famosos, os da internet, de exaustiva exposição, ou da tv, enfim, há lideranças anônimas que se destacam e nem são notadas. 
      Por isso, as marcas e modelos dessa liderança, assim como a compreensão dos direitos humanos e o esforço permanente de destacá-los e defendê-los devem ser, constantemente, demonstrados no contexto escolar. 
      Daí a extraordinária oportunidade para o Ensino Religioso de ser essa escola de defesa e prioridade de sua compreensão e vivência prática. 

Comentários

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

Plano de Aula e Sequência Didática - 1

A teologia crítica de Kant: da fé racional à fé reflexionante - Fco das Chagas de Oliveira Freira

Sugestões de abordagem - 6o ano - Destaque da Consulta - 1o bimestre de 2023