Sugestões de abordagem - 7o ano - Destaque da Consulta - 3o bimestre - 2023
7o ano - 3o bimestre - 2023
Habilidade
Identificação e análise das diferentes práticas de espiritualidade em situações limite: doenças, calamidades, tragédias pessoais e coletivas etc.
Conteúdo
Práticas de espiritualidade em situações limite.
Uma vez sugerida a reestruturação do Plano de Curso, em função deste ano letivo atípico, demarcamos acima a habilidade e seu conteúdo correspondente para o início de atividades do 3o bimestre.
O critério para a inclusão/exclusão sugerida de habilidades/conteúdos foi duplo: 1. sua relação com o contexto de vivência prática atual; 2. sua facilidade de síntese em relação às outras habilidades/conteúdos.
Assim, nossa abordagem com relação aos alunos seria a um tempo prática, em relação à vivência emergencial desses tempos de pandemia, assim como não seriam excluídas, de todo, temáticas relevantes dos demais conteúdos.
Está habilidade/conteúdo refere-se diretamente ao exercício da espiritualidade que, por sua vez, pode ou não ter relação com a religião.
Na fase atual, em que uma pandemia põe toda a humanidade num mesmo nível de risco, a busca por padrões elevados de solidariedade define a necessidade de exercício da espiritualidade numa "situação limite".
A sugestão é estabelecer três modos, em regra geral, pelos quais é possível compreender e encarar o sofrimento humano: 1. filosófico; 2. científico; e 3. religioso.
Evidentemente, podem ocorrer a combinação dos três, para os que compartilham a crença em alguma religião, como apenas dos outros dois, para que não compartilha.
No sentido filosófico, alguns elementos definem o modo como o sofrimento deve ser encarado:
1. a condição comum existencial de todo ser humano; 2. a solidariedade, no contexto social, que torna o sofrimento comum a todos; 3. a superação do sofrimento, compartilhada no contexto dessa mesma sociedade.
No sentido religioso, o sofrimento humano será encarado dentro da cosmovisão típica das religiões:
1. a fé num poder transcendental, na busca por superação; 2. um modo de encrarar como transitório e fator de superação em relação às limitações pessoais; 3. a solidariedade como fator de reforço no enfrentamento positivo do sofrimento.
No sentido científico, a busca pelo enfrentamento e pela superação estarão ligados aos aspectos psicológicos de sua compreensão:
1. busca pela compreensão dos fatores físicos e psicológicos que são fonte e razão do sofrimento; 2. tratamento, remédios e terapia necessárias; 3. assistência individual em relação ao auxílio humano que visa a superação dessa circunstância.
Uma vez definida a espiritualidade, nos três modos acima indicados, e em que sentido abordar o sofrimento humano, em suas diferentes manifestações, resta compreender o exercício da espiritualidade de modo favorável nas "situações limite".
O aprendizado, exercício e aperfeiçoamento da espiritualidade precisa expor seu resultado benéfico em três níveis: 1. no indivíduo; 2. em sua relação com o outro; 3. e no contexto social em geral.
1. No aspecto individual: 1.1. os sentimentos devem ser expressos de forma equilibrada; 1.2. deve-se dar igual importância a si mesmo e ao outro; 1.3. é necessário critério e sabedoria no potencial de relação e amizade; 1.4. deve ser mantida a saúde física, emocional e mental: alimentação, repouso e e exercícios; 1.5. devem ser valorizadas as atividades que desenvolvam a mente, entre elas as intelectuais.
2. No aspecto relacional: 2.1. escuta ativa do outro; 2.2. permanente atitude de cooperação; 2.3. permanente atitude de respeito ao outro; 2.4. saber ouvir críticas e manter atitude de autocorreção; 2.5. estabelecer limites de segurança na prevenção e preservação da vida.
3. No aspecto social em geral: 3.1. ser claro na comunicação; 3.2. compreender primeiro o ponto de vista do grupo; 3.3. diplomacia ao resolver conflitos; 3.4. aperfeiçoar-se no trabalho em equipe; 3.5. manter permanente atitude de superação.
Os valores da espiritualidade são humanos em sua conceituação. Baseiam-se no potencial de superação, inteligência e capacidade humana de se reinventar. Podem ou não estar relacionados, de modo individual ou coletivo, a uma religião.
Mas, de qualquer modo, dependem de fatores científicos, mentais e psicológicos, assim como filosóficos, ligados a uma vontade moral, para a sua real efetivação.
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