Sugestões de abordagem para o 7o ano - 4o bimestre

7o ano
Conteúdos
(ER070202) - Revelação do transcendente através das artes.
(ER070203) - A oração como ponto de união com Deus e com o outro.
Habilidades
- Buscar formas de valorizar a arte como
manifestação da espiritualidade do homem em todos os tempos, nos templos sagrados.
- Fazer compreender, na prática, o sentido da oração como diálogo entre o homem e Deus, e como necessidade e tendências humanas.

       Novamente temos como conteúdo um tema ligado à arte, na particularidade de sua relação com a religião. Recomendamos, mais uma vez, contato com o colega, professor de arte, para que oriente o modo como, na história da arte, ela se revela como associada ao transcendente, isto é, à divindade nas variadas religiões. 
     Por exemplo, lembrar que no judaísmo, tanto quanto no islamismo há lugares sagrados, tabernáculo e mesquitas como lugares de peregrinação, até utensílios consagrados, mas nunca a imagem de Deus ou Alan, respectivos transcendentes de cada uma dessas grandes religiões, será representado por seus seguidores mais ortodoxos numa imagem ou escultura. 
     Mas a arte se arrisca a representar, por exemplo, a Criação, no teto da Capela Sistina, por Michelangelo justamente com outros artistas. Assim como devem ser exploradas outras religiões do oriente, do mesmo modo que as tradições mais próximas do ocidente, aquelas por representar, de maneira mais peculiar e distante de nós, o transcendente. 
     O que dizer, por exemplo, de representações artísticas de divindades de grandes religiões como Budismo, Hinduísmo, Islamismo, da arte pré-histórica que associava arte e religião. E da expressão artística de religiões pouco conhecidas da China, Japão e outros povos e regiões da Ásia e África. 
       Quanto ao termo "oração", no Currículo de Referência Único do Ensino Religioso do Acre, foi substituído por "comunicação com o transcendente". Portanto, é necessário reconhecer que as religiões, de um modo geral, estabelecem esse princípio de possibilidade de comunicação com o ser superior que acreditam reger sua crença. 
      Lembrar que "transcendente", o que está além, ascendente e acima, ou seja, a divindade específica de uma dada religião, é o contrário do conceito de imanente, ou seja, o imediato, o que está perto e definido por critérios científicos.
     Comunicação com espíritos, como no Espiritismo, ou com os espíritos da floresta, como entre indígenas, são tipos semelhantes de comunicação com o transcendente. Assim como, na tradição católica, além do diálogo com Deus, reza-se aos santos, comparado à oração entre protestantes, somente dirigem-se a Deus: são tipos de comunicação do imanente com o transcendente diferentes entre si.
       Porém um aspecto muito relevante nessa habilidade é mencionar o relacionamento com o outro. Costuma-se praticar o menosprezo em relação a religiões, principalmente baseando-se na primazia das ideias relacionadas ao Deus cristão e da comunicação com ele em relação a outros tipos. Pois independente do tipo de comunicação com transcendente, se são houver o exercício de respeito ao outro, será nula a reivindicação de qualquer tipo de espiritualidade. 
      As habilidades relacionadas à esses dois conteúdos, no caso da arte, que associa a sensibilidade artística à espiritual, indicando o modo como arte e religião associam-se intimamente. Desse modo, trata-se de arte religiosa, um tema artístico à parte entre outros, por exemplo, como a arte de protesto, arte social, arte clássica e medieval etc.
      Portanto há modalidades artísticas como dança religiosa, música, teatro e escultura religiosa, enfim, arte como expressão da religião. E com relação à comunicação com o transcendente, não é só no cristianismo que a divindade procura o homem para se relacionar com ele.
      Os deuses da Índia se fazem homens, porque encarnam/desencanam. Na mitologia grega, deuses e deusas se apaixonavam por humanos. De um modo ou de outro, independentemente da época e da região de onde procedem tais e quais variadas, religiões sempre expressam o estabelecimento da comunicação com o transcendente.
        Destacada a indispensável e indissociável necessidade do respeito ao outro. Sem este último elemento, desconsidere-se qualquer (falsa) religião ou (falso) religioso que a pratica.

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